Bruno Giorgi

1905 – 1993

Herdeiro das lições do escultor Aristide Maillol (1861 – 1944), a partir dos anos 1940, Bruno Giorgi revela em seus trabalhos um crescente interesse pela temática e pelos tipos brasileiros. Sua obra gradualmente passa de uma leve estilização da figura humana a uma maior deformação. Na rudeza das superfícies, o modelado evidencia a mão do escultor, como em Mulher ao Luar, 1949.

A partir desses trabalhos, começa a apresentar uma nova plasticidade. Em Maternidade, 1952 ou São Jorge (1953), os troncos e membros das figuras se alongam e se deformam em contínuo desenvolvimento no espaço. Essa dinâmica abstrata conduz a um jogo de cheios e vazios. A progressiva estilização e redução da figura a poucas linhas pode ser vista, por exemplo, em Candangos

Passa então a realizar composições abstratas, onde se nota a tentativa de integração entre sua escultura e a arquitetura moderna, como em Meteoro, uma de suas obras de maior destaque, ou Condor (1978). Na década de 1970, Bruno Giorgi retoma a exploração da figura humana, principalmente a representação das formas femininas, muito frequente em sua produção anterior, da qual resulta uma série de torsos de pedra.

Fonte: Itaú Cultural

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