Franz Weissmann
1911 – 2005
A família de Weissmann chega ao Brasil em 1921 e se estabelece no interior de São Paulo. Em 1927, ele se muda para a capital paulista, onde leciona português a estrangeiros e entra em contato com as artes plásticas em visitas a exposições.
Em 1946, realiza sua primeira exposição individual, no diretório dos estudantes da Enba. Em 1948, a convite do pintor Guignard (1896-1962), começa a dar aulas de modelo vivo, modelagem e escultura na primeira escola de arte moderna de Belo Horizonte, a Escola do Parque – posteriormente Escola Guignard –, onde permanece até 1956.
A partir da década de 1950, começa a abandonar o estilo figurativo e, gradualmente, elabora um trabalho de cunho construtivista, com valorização das formas geométricas submetidas a recortes e dobras, por meio do uso de chapas de ferro, fios de aço, alumínio em verga ou folha.
Ainda nos anos 1950, de volta ao Rio de Janeiro, o escultor integra o Grupo Frente, importante referência do construtivismo no Brasil, formado por artistas como Ivan Serpa (1923-1973), Lygia Clark (1920-1988), Décio Vieira (1922-1988) e Aluísio Carvão (1920-2001). Nesse período, realiza experiências com fios de aço, na série de “esculturas lineares”, e com formas modulares, procedimentos que eliminam qualquer tipo de base para as esculturas.
Em 1957, participa da Exposição Nacional de Arte Concreta e recebe o prêmio de melhor escultor nacional na 4ª Bienal Internacional de São Paulo, onde apresenta a escultura A Torre, um dos ícones do neoconcretismo.
Em 1958, recebe o prêmio de viagem ao exterior no 7º Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1959, funda o Grupo Neoconcreto e assina o Manifesto Neoconcreto.
Em 1967, apresenta Arapuca na 9ª Bienal Internacional de São Paulo, peça na qual a cor se faz presente pela primeira vez como elemento determinante do espaço da escultura. A partir de então, são raras as esculturas sem aplicação de cor.
Nos anos 1970, recebe o prêmio de melhor escultor da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) e participa da Bienal Internacional de Escultura ao Ar Livre, em Antuérpia, na Bélgica, e da Bienal de Veneza.
Um dos personagens mais importantes do movimento construtivista no Brasil, Franz Weissmann prioriza a exploração dos limites da forma e a realização de esculturas que dialogam com o público e interagem com o espaço urbano.
Fonte: Itaú Cultural