JAPÃO: DO ANTIGO AO CONTEMPORÂNEO
A presente exposição celebra a inauguração de uma nova galeria de arte na Lourenço Castanho: um projeto único, que contará com um espaço permanente e uma série de mostras temporárias.
Propomos uma jornada que se inicia na história milenar do Japão e se consuma na vibrante contemporaneidade, marcando o encontro entre culturas e tradições. Esta exposição teve sua primeira edição em 2022 na Galeria Ricardo Von Brusky e atraiu um público especial, com destaque para famílias nipo-brasileiras inteiras.
Foi no ano de 1908 que os primeiros japoneses chegaram ao Brasil, sendo que 116 anos depois nos tornamos o país que abriga a maior comunidade de origem japonesa fora do Japão, com mais de 1,5 milhão de habitantes. Essa imigração foi marcada por determinação e perseverança, com milhares de pessoas deixando sua terra natal em busca de uma vida melhor, enquanto traziam sua herança mais valiosa: tradições e valores herdados de seus ancestrais. Esta coletiva é um convite para uma reflexão acerca da contribuição da comunidade japonesa na formação da cultura e identidade brasileira, que abrange as artes plásticas, gastronomia, artes marciais, agricultura e muitas outras áreas da sociedade.
Ao adentrar a exposição, os visitantes são imersos no fascinante mundo dos samurais. Uma galeria de armaduras, datadas entre os séculos XVI e início do XIX, transporta o público para os tempos do Japão feudal, em que guerreiros defendiam seus poderosos clãs. Famosas mundialmente por sua qualidade e durabilidade, espadas datadas do século XIV a XVIII e utilizadas por estes guerreiros fazem parte do acervo, evocando a aura e bravura dos samurais.
Armadura de Samurai
Período Edo (1603-1868)
Da tradição da cerâmica, uma das mais antigas formas de arte da humanidade, emerge uma seleção de raras peças do Período Edo (1603–1868) e Meiji (1868–1912), em diálogo com as obras contemporâneas das artistas e ceramistas Hideko Honma (1955) e Kimi Nii (1947), que partem da tradição para criar, exploram os limites do material e dialogam com influências ocidentais.
Par de Moringas
Porcelana com decoração Imari.
Período Edo / Meiji, séc. XIX.
31 x 18 cm.
Kimi Nii
Ki sem pontas
Escultura em cerâmica
2022
60h x 37Ø x 16l cm
Esculturas em marfim da Era Meiji também fazem parte da exposição, evidenciando a habilidade e perfeição que os artistas e artesãos japoneses alcançavam em suas produções, sendo que nessa época tal matéria-prima era utilizada com frequência.
Escultura em marfm
Período Meiji (1852 – 1912)
Séc. XIX
41 x 13 cm.
Entre o período moderno e contemporâneo da produção japonesa e nipo-brasileira, foram reunidos grandes mestres cujos trabalhos marcaram gerações e possuem grande importância na história da arte, como Tadashi Kaminagai (1899-1982), Tomie Ohtake (1913-2015), Tikashi Fukushima (1920-2001), Manabu Mabe (1924-1997), Flavio-Shiró (1928), Yutaka Toyota (1931) e Tomoshige Kusuno (1935).
Tomoshige Kusuno
Sem título
Técnica mista em tela colada s/ madeira
1981-85
180 x 180 cm
Por fim, liderando a onda de grandes artistas contemporâneos internacionais que carregam consigo a cultura nipônica, está Oscar Oiwa (1965), autor de obras inspiradas em fatos atuais, sendo considerado um dos artistas que melhor representa os impactos da globalização.
Oscar Oiwa
Sem título
2006
Óleo sobre tela
110 x 177 cm
É um prazer participar desse projeto de vanguarda na educação no Brasil, que busca levar arte e cultura para dentro da escola, e contribuir para a formação de alunos, docentes e familiares.
Ricardo Von Brusky
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